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Foto: Farlowella platorynchus a comer courgette
Alimentação
Existe um mito de que os Loricarídeos não necessitam de uma alimentação específica, pois são os peixes de fundo que se alimentam dos restos e detritos deixados pelos outros peixes. É bem possível manter os plecos nestas circunstâncias, mas muito provavelmente não se tornarão peixes saudáveis e com um crescimento normal.
Os Ancistrus são possivelmente o género que se poderá enquadrar neste pensamento, uma vez que são predominantemente herbívoros e alimentam-se das algas que se vão desenvolvendo em todo o aquário, dando a entender a falta de necessidade de uma alimentação dedicada a estes.
Quem mantém ou manteve espécies de outros géneros recordar-se-á certamente de que o fundo do aquário (substrato) não se mantém limpo apenas com a premissa de que existem Loricarídeos no aquário, aliás, muitas vezes estes ainda sujam mais que os restantes peixes.
Os Ancistrus são aqueles que visivelmente mais colaboram na remoção de algas e limpeza dos restos de comida que caem no fundo, mas não deveremos partir do pressuposto de que não existe necessidade de alimentar especificamente estes peixes, pois existe!
Há no mercado uma vasta diversidade de alimentação para Loricarídeos, de diversas marcas, em distintos formatos (pastilhas, wafers, grazers) e destinada tanto a herbívoros, omnívoros como a carnívoros. A aquisição deste tipo de comida é, nos dias de hoje, conseguida em qualquer loja de aquariofilia com muita facilidade.
Assim, existem as seguintes regras na escolha da alimentação:
1. Conhecer a espécie que se quer alimentar: perceber as suas necessidades e que tipo de alimentação tem no seu habitat natural. Um pouco de pesquisa e obtém-se esta informação com relativa facilidade.
2. Não adquirir comida apenas de uma marca e de um formato/tipologia: apesar das marcas lançarem produtos para herbívoros ou carnívoros por exemplo, a sua composição em termos de percentagem dos seus componentes poderá diferir de outras marcas, e ao proporcionarmos diversificação não insistimos sempre no mesmo alimento, que poderá não ser o mais adequado, mesmo confiando nas características do produto.
3. Variar o mais possível: no seguimento da regra 2, providenciar igualmente comida congelada/viva e legumes (courgette, pepino, batata doce, abóbora) na proporção adequada, ou seja, utilizar por exemplo legumes de forma muito pontual nos plecos de alimentação predominantemente carnívora, e moderação na congelada/viva (1 a 2 vezes por semana).
O que é a Spirulina?
A Spirulina é uma cianobactéria, mais conhecida como a alga azul esverdeada de reduzida dimensão que se encontra em água de elevado pH e dureza, em lagos Africanos, Asiáticos e Sul Americanos.
O seu nome deriva da sua estrutura em espiral.
Ela tem um alto valor proteico (60% de proteína vegetal) e caracteriza-se pela ausência de gordura e colesterol. É das poucas algas que contém vitamina B12.
É de fácil digestão e contém minerais essenciais que melhoram o sistema imunitário dos peixes, mas não só, a Spirulina ajuda à uniformização do crescimento, melhora o sistema digestivo, minimizando problemas intestinais, estimula a produção de enzimas que transformam as gorduras ingeridas em energia e melhora a coloração dos peixes devido aos pigmentos de caroteno que contém.
Pelos seus inúmeros benefícios ela deverá fazer parte da alimentação de todos os peixes, incluindo os carnívoros. Assim, na escolha da alimentação, é importante verificar as composições dos produtos, sendo estes tendencialmente mais dispendiosos quanto maior percentagem de spirulina contiverem.
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