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Foto: L134 Peckoltia compta

L134 Peckoltia compta

Leopard frog pleco
Após ter tido sucesso na reprodução dos L201 avançei para um novo projecto, com uma nova espécie, os L134 (Peckoltia Compta). A ideia começou a ser projectada no primeiro mês de 2015, mas apenas em Março deste mesmo ano é que o projecto ficou concluído.
 
Os exemplares adquiridos (um F0 + cinco F1) ainda são jovens, com uma idade estimada entre os 14 e 18 meses (à data de Dezembro de 2015), pelo que ainda é cedo para demonstrarem comportamentos de reprodução. A sexagem também é condicionada pela idade, sendo por enquanto difícil de distinguir o género.
 
Neste sentido, os seguintes relatos são baseados em revisões bibliográficas e na experiência generalizada na aquariofilia, e não pela experiência conquistada na manutenção desta espécie, ao contrário do verificado nos L201.

Dimensões do aquário (em cm) | 78(c) x 39(l) x 30(a)

 
População | 5 machos F0/F1 + 1 fêmea F0
 
Origem | Rio Tapajos, Brasil
 
Filtragem | Eheim 2213 440 l/h
 
Aquecimento | Eheim jäger 75W
 
Bomba de circulação | Inexistente
 
Iluminação | Natural indirecta
L134.jpg
À semelhança de outras espécies de Loricarídeos, as Peckoltias Compta necessitam de alguma estabilidade de factores para existir sucesso na reprodução, entre eles distinguem-se os seguintes:
 
LAYOUT: após a primeira montagem, com a colocação de ardósia, troncos e tocas, evitar ao máximo a reconfiguração do layout. Dispor tudo por forma a existirem opções de escolha para esconderijos e possibilidade dos machos obterem o seu espaço distanciados entre si. São peixes que demoram a habituar-se ao aquário e necessitam de alguns meses para perderem a "timidez" e para iniciarem comportamentos de reprodução, pelo que a constante mudança de layout causa stress e retarda o sucesso no acasalamento.
 
PARÂMETROS DA ÁGUA: preocupação em conseguir manter os nitratos em níveis muito reduzidos, o pH entre os 5,5 e os 7,0, a temperatura entre os 27º e os 30ºC e a dureza reduzida (água mole, entre os 100 e os 250 ppm | TDS). Estes são os 4 parâmetros de controlo prioritário, mas sinceramente, e assim que vamos conhecendo as oscilações dos nossos aquários, a frequência com que realizamos os testes é cada vez mais reduzida.
 
ALIMENTAÇÃO: são peixes omnívoros, de predominância carnívora, porém, a sua alimentação deverá ser variada, desde as comuns pastilhas/wafers próprias para loricarídeos, passando pela comida congelada e legumes. As minhas opções são diversas pastilhas/wafers das melhores marcas (Hikari, Ocean Nutrition e Tropical) como base, bloodworms e diversos legumes (courgette, pepino, batata doce e abóbora), no entanto vou sempre testando novas comidas que vão aparecendo no mercado.
 
LOCALIZAÇÃO DO AQUÁRIO: existe uma tendência natural em colocar os nossos aquários em zonas da casa bastante frequentadas, zonas onde possamos usufruir da beleza deste pedaço de Oceano, Mar, Rio ou Lago com regularidade, contudo, a nossa aproximação, a nossa observação, o nosso "ruído" contribuem de forma adversa para a tranquilidade da espécie e consequentemente de uma forma negativa para a reprodução. Os meus aquários de criação de plecos encontram-se em zonas muito sossegadas, cuja passagem ou aproximação é limitada às acções de alimentação e manutenção dos aquários.
TOCAS DE REPRODUÇÃO: esta espécie reproduz-se preferencialmente em tocas, que deverão ser disponibilizadas em número suficiente (no mínimo 1 por macho e no máximo 1 por peixe), na dimensão adequada para que possibilite a entrada do casal e que o macho consiga bloquear a fêmea dentro, e de preferência em barro ou ardósia.
 
Largura - entre os 3 e os 4cm
Altura - entre os 2,5 e os 4cm
Comprimento - entre os 13 e os 15cm

Depois de ter em atenção estes pontos, de grande importância para o sucesso na reprodução, existem outras acções que induzem ao acasalamento, entre elas a variação na temperatura (redução ou aumento dentro dos valores acima referidos). A realização de TPAs (trocas parciais de água) de cerca de 25% a 30% com água de osmose inversa ou água de uma outra origem, desde que seja para redução da dureza da água e pH (dentro dos parâmetros acima descritos), contribue igualmente para estimular à criação.

 

Fala-se com alguma regularidade na corrente de água que devemos proporcionar, essencialmente direccionada para a entrada das tocas por forma a simular a corrente típica do habitat natural e para induzir também à reprodução. Neste meu aquário não existe bomba de circulação, mas previligia-se uma boa oxigenação da água criada com uma cabeça difusora à saída de água do filtro. Existem relatos de sucesso na reprodução sem ter sido recriado este efeito de corrente.

PROJECTO EXTINTO
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