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Foto retirada da internet | Foz do Orinoco
Rio Orinoco
Cristóvão Colombo
Em 1498, na sua 3ª viagem à América, Cristovão Colombo descobre a Foz do Orinoco, descrevendo-a como a "porta do paraíso", na esperança de encontrar o El Dorado através do seu curso.
O Rio Orinoco é um dos principais rios da América do Sul, com a sua nascente no sul da Venezuela (a 1047 metros de altitude, Serra Parima), perto da fronteira com o Brasil, e a sua Foz no Oceano Atlântico (sul da Ilha Trindade e Tobago), percorrendo 2140 Km (um dos mais longos rios do seu continente).
É o principal rio da Venezuela, com a 3ª maior bacia hidrográfica do seu continente (948.000 Km2), sendo que esta bacia abrange parte do território Colombiano.
Este rio é o habitat de um dos répteis mais raros do mundo, o Crocodilo do Orinoco (Crocodylus intermedius) que pode atingir cerca de 6 metros de comprimento (um dos mais compridos), mas também de outras espécies muito famosas como a Black Spot Piranha (Pygocentrus cariba) e o tetra cardinal (Paracheirodon Axelrodi). Habitam também no rio enguias eléctricas, jibóias (boa constritora), bagres (laulao catfish) e a tartaruga de pescoço lateral (arrau) cuja carapaça poderá atingir os 80cm de comprimento.
Imagem retirada da internet | Cristovão Colombo
Cruzamento do Rio Orinoco com o Rio Caroni
Foto retirada da internet
As águas do Orinoco variam na sua coloração, barrenta em algumas zonas e negras em outras, resultado dos seus diversos rios afluentes de coloração mais escura (blackwater). Existe um fenómeno admirável de se observar no cruzamento do rio Orinoco com o rio Caroni (principal afluente do Orinoco e o 2º rio com mais caudal da Venezuela) que é a junção da água barrenta do 1º com a água negra do 2º, formando como que uma barreira invisível dando a sensação de que a água dos rios não se cruza.
Os parâmetros da água do rio Orinoco, nomeadamente o pH, a dureza total e a temperatura, apresentam grandes oscilações, influenciadas pelos rios que lhe são afluentes (parâmetros distintos) e pelas estações do ano, originando épocas secas e de cheias, podendo o nível do rio apresentar uma variação entre os 9 e os 13 metros. Porém, a água é essencialmente ácida (pH 4,5 - 7), de baixa dureza (2 - 8 dH) e com temperaturas médias entre os 24ºC e os 28ºC, apesar de em determinadas alturas do ano poder atingir valores de 22ºC ou mesmo 31ºC.
Águas barrentas do Rio Orinoco
Foz/delta do Rio Orinoco
Rápidos do Rio Orinoco
Fotos retiradas da internet
O Percurso do Orinoco
Canal Casiquiare
Com a sua nascente na Serra Parima (sul da Venezuela, perto da fronteira com o Brasil) o Orinoco começa a ganhar volume com os seus primeiros tributários, o Rio Mavaca, o Manaviche, o Ocamo, o Padamo e o Cunucunuma.
Perto da cidade Esmeralda parte das águas do Orinoco começam a fluir para sul através do canal Casiquiare. As águas deste canal fluem habitualmente para sul cruzando-se com o rio Guainía que ajuda a formar o famoso rio Negro, um dos principais afluentes do Amazonas. Esta é a ligação existente entre as bacias do Orinoco e do Amazonas.
Após a bifurcação do canal Casiquiare o Orinoco continua para noroeste até à confluência com o rio Ventuari, virando aqui para oeste para percorrer extensos bancos de areia.
Perto de S. Fernando de Atabapo, o rio Atabapo e o Guaviare juntam-se ao Orinoco mancando o fim do alto Orinoco (upper Orinoco).
Orinoco deriva do dialecto indígena Warao/Guarauno e significa um local para navegar
Imagem retirada do Google Maps
Rápidos de Atures
Rio abaixo o Orinoco vai formar parte da fronteira entre a Venezuela e a Colombia, entrando numa zona de rápidos (região de los Raudales) em que é forçado a seguir por estreitas passagens entre enormes pedras de granito.
O rio entra assim numa sucessão de rápidos, terminando com os rápidos Atures. Nesta região os principais tributários das planícies (Llanos) Colombianas são o Vichada e o Tomo, e das terras altas (Highlands) do Guiana são o Guayapo, Sipapo, Autana e Cuao.
Os rápidos de Atures marcam o início do baixo Orinoco (low Orinoco), que coincide com a grande curva para este. Nesta secção o Orinoco flui lentamente através do nível mais baixo das planícies e aumenta para cerca de 8 Km de largura. É nesta grande curva que o Orinoco recebe o maior número de tributários, que incluem os rios Meta, Arauca e Capanaparo. Recebe igualmente o rio Apure que trás águas dos Andes, formando na sua zona baixa um labirinto pantanoso.
Depois da junção com o rio Apure o Orinoco vai serpenteando sobre planícies levemente inclinadas, onde vão surgindo inúmeras ilhas, algumas grandes o suficiente para dividir o rio em dois canais. Muitos outros tributários surgem nesta zona (Guárico, Manapire, Zuata, Pao, Caris, Cuchivero e Caura) transportando imensos sedimentos.
Foto retirada da internet
De seguida o rio Caroni une-se ao Orinoco causando o fenómeno acima descrito e apresentado em imagem. Perto desta região situam-se as Angels Falls que incluem a catarata mais alta do mundo com 979 metros (rio Churún, afluente do Caroni, perto da cidade Guayana).
A oeste da confluência com o Rio Caroni e a este da cidade Bolívar localizam-se muitas lagoas à margem do Orinoco, entre elas a Mamo, Amana e Colorada.
48 Km abaixo da cidade Guayana o Orinoco começa a formar o seu grande delta que se extende por 440 Km da costa do Atlântico. Aqui inúmeras ilhas formam uma configuração interessante e o canal principal do Orinoco é conhecido como o rio Grande e que vai desaguar na zona da Boca Grande (Great Mouth).
Angels Falls
Cidade Bolívar
Delta do Orinoco
Fotos retiradas da internet
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