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Morfologia e Sexagem
Existem muitas espécies de Loricarídeos extremamente difíceis de sexar, conseguindo-se apenas quando estes atingem a idade adulta e quando exibem comportamentos de reprodução. Em alguns casos, conseguimos perceber quem é o macho/fêmea somente quando existe uma postura pelo exemplar que guarda os ovos/alevins.
Por outro lado, existem outras espécies cuja sexagem é praticamente infalível, pelas características morfológicas dos respectivos exemplares.
A observação sistemática de uma mesma espécie ao longo dos anos, onde se acompanha o crescimento dos peixes, permitindo estudar comportamentos diversos (reprodução, luta pelo território, alimentação) e características externas de cada exemplar, facilita a sexagem, minimizando assim a margem de erro. Situação particular dos criadores que não se verifica em aquariofilistas que desconhecem determinada espécie ou a mantêm por pouco tempo.
No caso dos L201 Hypancistrus sp. a sexagem parece simples em teoria, contudo, de extrema dificuldade em alguns exemplares, mesmo adultos.
Os machos apresentam odontódeos na região lateral da cabeça, por baixo dos olhos (figuras abaixo e direita) e nas barbatanas peitorais (figura direita). Para além desta característica o corpo dos machos é mais "afunilado" ao invés das fêmeas, que apresentam uma forma mais arredondada (figuras abaixo de peixe completo) e a cabeça mais larga.
Nesta espécie a dificuldade de sexagem revela-se quando as fêmeas demonstram odontódeos com alguma dimensão e/ou os machos não apresentam odontódeos evidentes, à semelhança do macho das fotos à direita.
Estas características são similares em muitas outras espécies de Loricarídeos, nomeadamente do género Hypancistrus.
Nos L134 Peckoltia compta a sexagem não é tão evidente, sendo por vezes dificíl distinguir os exemplares mesmo na idade adulta.
Nesta espécie a característica mais clara para identificar os machos é a presença de "pêlos" na 2ª metade do corpo, ou seja, entre as barbatanas pélvicas e a barbatana caudal, como é possível verificar na figura à direita (macho com 7,5cm).
Regra geral, os machos revelam esta característica a partir dos 7/8cm, contudo, podem chegar a maiores dimensões sem nunca terem revelado e apresentar somente em fase de acasalamento.
De entre todos, são os Ancistrus os mais fáceis de sexar. Dando o exemplo dos mais comuns (Ancistrus sp.), a 1ª espécie de Loricarídeos em que tive sucesso na reprodução, que desde os 5/6cm que a sexagem é possível, sendo que os machos começam a desenvolver os chamados "bigodes" na região frontal da cabeça, como mostra a 1ª figura abaixo. Já a 2ª figura é de uma fêmea.
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