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Farlowella platorynchus

Twig catfish
PROJECTO EXTINTO
Foto: Grupo de Farlowellas platorynchus
Em Outubro de 2016 iniciei um projecto que idealizava já há alguns meses, manutenção e reprodução de Farlowellas. Este projecto avançou em paralelo com o projecto das Rineloricarias lanceolatas, entrando assim no mundo dos Whiptails.
Apesar de pertencerem todos à família Loricariidae, existem grandes diferenças entre as espécies das subfamílias Hypostominae e Loricariinae, não só a nível morfológico, como também a nível comportamental.
As Farlowellas têm uma aparência incomum e qualquer pessoa que as observe, principalmente alguém que não seja aquariofilista, fará certamente algum comentário sobre o aspecto do seu corpo. Já estarão a pensar nos amigos que nos visitam em casa e olham para o aquário reparando na estranheza deste peixe. Esta sua forma, similar ao ramo de uma árvore, intitulou este género (Farlowella) como os Twig Catfishes (twig = ramo/galho).
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Dimensões do aquário (em cm) | 120(c) x 40(l) x 60(a)

 
População | 3 machos F0 + 2 fêmeas F0
 
Origem | Bacia do Rio Amazonas, Brasil
 
Filtragem | JBL Cristalprofi e1501 greenline 1500 l/h
 
Aquecimento | Eheim jäger 200W
 
Bomba de circulação | Inexistente
 
Iluminação | LED DIY
Não foi necessário muito tempo de observação para perceber que é uma espécie com um jeito muito particular de se movimentar, sendo algo trapalhonas, principalmente quando são adultas. A sua forma de galho, muito compridas e estreitas dificultam a sua deslocação, sendo que se não houver zonas amplas no aquário dificultamos o seu espaço de manobra.
Existem cerca de 30 espécies de Farlowellas, sendo a sua maioria muito difícil de diferenciar. No nosso mercado elas são vendidas comummente como acus, mas esta espécie tem uma distribuição geográfica muito restrita e o mais provável é não ser esta a espécie que está a ser vendida. É um género com espécies muito pacíficas, que se enquadram bem num aquário biótopo sul americano, não constituindo qualquer perigo para outras espécies, sejam de que tamanho forem, porém, existem alguns relatos de que elas se poderão "agarrar" aos discus através da sua boca.
Foto: Macho Farlowella platorynchus
Este meu projecto iniciou com um casal selvagem adulto, entre os 18 e os 20cm, praticamente o tamanho máximo que atingem no estado selvagem, mas rapidamente se juntaram mais dois casais F0 de dimensões muito similares, formando assim um grupo de 6 exemplares.
É uma espécie relativamente fácil de sexar, no sentido em que as fêmeas têm o "nariz" mais estreito e os machos o "nariz" mais largo e com a presença de pequenos barbilhos. As fêmeas também são um pouco mais gordinhas, o que facilita a observação num corpo tão estreito e comprido. Em algumas espécies de Farlowellas, a distinção ainda poderá ser feita através da largura da cabeça, sendo que o macho apresenta uma cabeça visivelmente mais larga.
Pertencendo à tribo Harttiini, são uma espécie predominantemente herbívora, mas que aceita muito bem todo o tipo de comida. São realmente muito atrevidas no que toca a atacar a comida que entra dentro do aquário, seja em forma de flocos, pastilhas ou granulados.
A maior parte do seu tempo é passado de forma estática, agarradas aos troncos (ramificações) ou aos vidros e tubagem do filtro (captação de água), quase sempre na vertical ou diagonal. Só vem até ao substrato para procurar comida. Apesar desta situação gostam da água com corrente moderada e, consequentemente, muito bem oxigenada.
Esta espécie convive muito bem em grupo e a sua reprodução não é influenciada pela presença de mais casais e/ou exemplares. Para efectuarem posturas procuram sempre a dita posição vertical ou diagonal e optam pelos referidos troncos, vidros ou mesmo tubagens dos filtros.
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