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Foto: Fêmea L201 Hypancistrus sp. à  entrada de uma toca de reprodução

O que são Loricarídeos?!

Os peixes pertencentes a esta família habitam em água doce e são essencialmente provenientes da América Central e do Sul.
 
A palavra Loricarídeo era praticamente sinónimo de Plecostomus devido a uma das primeiras espécies importadas para o nosso País e tão frequentemente conhecida, o Hypostomus plecostomus. O termo pleco deriva igualmente desta espécie e é vulgarmente utilizado para identificar os peixes desta família (Loricariidae). Existem outros termos comuns utilizados, como é o caso de cascudo (termo brasileiro).
Foto: Pteroplichthys gibbiceps | cedida por Rafael Dias
A facilidade de identificar estes peixes através deste sistema de numeração faz com que eles continuem a ser reconhecidos pelo seu número mesmo depois de estarem completamente identificados taxonomicamente.
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Tudo começou em 1988 quando Rainer Stawikowski, chefe de edição da revista alemã DATZ, iniciou esta numeração L (Loricariidae). Todos os exemplares que eram apanhados e importados eram analisados ao detalhe. Cada ponto, cada lista que os pudesse diferenciar, assim como o local de colecta, caso fosse diferente era motivo para receberem uma nova numeração. E assim a revista começou a publicar todos os novos exemplares, dando origem a uma grande procura por Loricarídeos.
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No final dos anos 80 o número de espécies ainda era reduzido e por isso o seu valor de mercado era muito elevado.​
São peixes cobertos por placas ósseas (ausência de escamas) e com a boca em formato de ventosa, levando-nos a encontrá-los no fundo do aquário ou "colados" aos vidros ou decorações existentes.
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Alguns géneros (hypancistrus, peckoltia) identificam os seus exemplares através de um sistema de numeração L (L201, L018, L134) até estes obterem uma identificação taxonómica completa. Podemos, por vezes, encontrar exemplares com algumas diferenças identificados pelo mesmo número L, que poderão ser, por exemplo, de populações diferentes.
Imagens retiradas da internet | Capa das revistas alemãs DATZ e das aquarium
Em simultâneo, uma outra revista alemã, das aquarium, iniciou um novo sistema de numeração, antecedendo os números com as letras LDA (Loricariidae Das Aquarium). Esta situação causou alguma confusão, uma vez que a mesma espécie poderia ser identificada com um número L e com um número LDA diferente, e a sua resolução não era fácil pois não existia apenas um importador e não havia forma de perceber se determinada espécie, recebida pela 1ª vez, já não teria sido recebida por um outro importador.
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Para complicar, e possivelmente por razões de concorrência, os Brasileiros iniciaram um outro sistema de numeração com as letras TR, contudo, e felizmente, este sistema foi descontinuado.
Foi com o pleco da foto à esquerda que tudo começou, o primeiro a ser numerado no sistema L (L001) e publicado na revista DATZ em 1988 (12/88), mas apenas 3 anos mais tarde (1991) é que a espécie foi descrita taxonomicamente como Glyptoperichthys joselimaianus.
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Nos dias de hoje esta espécie é conhecida como Pteroplichthys joselimaianus.
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Todos os anos existem novas espécies a serem descritas taxonomicamente, sendo que os estudos mais recentes já se referem a cerca de 1116 espécies identificadas (in Field Guide to the Fishes of the Amazon, Orinoco & Guiana, Peter van der Sleen & James S. Albert)
imagem retirada de Aqualog.de | Pteroplichthys joselimaianus
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